terça-feira, 19 de maio de 2009

4a MOSTRA SESC TERENA DE ARTES.


LITERATURA: O corpo fala.

Excelente livro que traduz a poderosa Expressao Corporal!
Recomendo!
Bjimmm Pontaumm!

Rafael Valente.

AUGUSTO BOAL II.


AUGUSTO BOAL.

Dia Mundial de Teatro Dia Mundial de Teatro - 27 Março, 2009
Augusto Boal


Todas as sociedades humanas são espetaculares no seu cotidiano, e produzem espetáculos emmomentos especiais. São espetaculares como forma de organização social, e produzemespetáculos como este que vocês vieram ver.Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso doespaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto deidéias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somosteatro!Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por suafamiliaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã eos bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou umareunião diplomática – tudo é teatro.Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diáriaonde os atores são os próprios espectadores, o palco é a platéia e a platéia, palco. Somos todosartistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somosincapazes de ver tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível:fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana.Em Setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, quepensávamos viver em um mundo seguro apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturasque aconteciam, sim, mas longe de nós em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguroscom nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor daBolsa - nós fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de algunseconomistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava demau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dospaíses ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós,vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre; no chão,peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: -“Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco,nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida”.Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades,etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação deinventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-locom nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.Assistam ao espetáculo que vai começar; depois, em suas casas com seus amigos, façam suaspeças vocês mesmos e vejam o que jamais puderam ver: aquilo que salta aos olhos. Teatro nãopode ser apenas um evento - é forma de vida!Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!
Augusto Boal

quinta-feira, 7 de maio de 2009

SESC DRAMATURGIA - Leituras em Cena.

Vamos apreciar importantes literaturas de grandes autores e dramaturgos brasileiros.

CIRCUITO MS DE TEATRO.

Em maio, Circuito MS de Teatro terá apresentação de 11 peças


Em maio, o Circuito Sul-mato-grossense de Teatro terá continuidade. O projeto da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) promove a circulação de produções do Estado nas cidades do interior.
A segunda etapa vai acontecer a partir de amanhã, 8 de maio, e vai até 30 de maio, nos municípios de Paranhos, Mundo Novo, Nova Andradina, Ivinhema, Naviraí, Cassilândia, Paranaíba, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso e Coxim.
O objetivo do projeto é divulgar as produções teatrais de Mato Grosso do Sul e estimular a cultura produzindo ações concretas para o melhor desenvolvimento da arte do teatro no Estado, fomentando a formação de platéia e estimulando a criação de novos grupos.
A média de público nos outros meses foi de 350 pessoas. Neste mês irão ser apresentadas onze peças e a expectativa é manter essa média até o fim do projeto.


Programação
O espetáculo “Sob Controle”, do Grupo Flor e Espinho, vai ser apresentado, às 18h30, em Paranhos no dia 8, na Quadra Poliesportiva José Ribeiro da Silva (Telems) e em Mundo Novo, no dia 9, na praça de eventos Oscar Zandavalle. O texto é uma adaptação de números clássicos de palhaços e tem em seu elenco Anderson Limca e Luiz Cláudio Schuedas. A classificação é livre para todos os públicos.
Sinopse: Dois palhaços sem grande virtuosismo transformam a mais simples tarefa numa grande confusão. A dupla discute, compete e se ajuda numa relação de cumplicidade, inocência e ingenuidade. Sem qualquer palavra o grupo aposta no riso provocado pelas ações corporais dos personagens.

A comédia “Conversa pra mais de metro”, vai ser apresentada, às 19h30, em Nova Andradina no dia 14, na Câmara Municipal, em Ivinhema no dia 15, na Fundação Nelito Câmara e em Naviraí no dia 16, também na Câmara Municipal. O texto e direção são de Marcos Alexandre e seu elenco é integrado por Marcos Alexandre e Yago Garcia. Sua classificação é 12 anos.
Sinopse: A peça conta a história de dois presidiários bastantes distintos que acabam por força das circunstâncias dividindo o mesmo espaço carcerário. O primeiro é Josias, um criminoso rústico e mundano, que depois de envolver-se em seqüestro, o único crime do qual não dominava, é autuado e condenado a dez anos de cadeia. Dois anos mais tarde chega na cela Walter Macedo, um político envolvido até o pescoço em falcatruas e corrupções de toda a ordem. Depois de condenado, usa a prisão como lavagem de sua imagem e afirma para todos os cantos que decidiu ir preso por livre e espontânea vontade. As diferenças sociais e culturais promovem no espetáculo uma reflexão e uma crítica social, ao mesmo tempo serve como suporte para toda leveza e comicidade da peça. Conversa pra mais de metro, já ganhou o título de melhor espetáculo no Festival Sul-Mato-Grossense de Teatro.

O espetáculo “Dois perdidos numa noite suja”, do Teatral Grupo de Risco, vai ser apresentado, às 19h30, em Paranaíba no dia 22, no Auditório da FIPAR (Faculdade Integrada de Paranaíba) e no dia 23, no Auditório do SEC (Escola Armelinda Barbosa Leal). O texto é de Plínio Marcos, a direção é de Leandro Melo e Roma Romã, a preparação Corporal de Camila Pacheco e o cenário de Márcia Gomes. Integram o elenco Emmanuel Mayer e Yago Garcia. Sua classificação é 14 anos.
Sinopse: Paco e Tonho são dois operários falidos e semi marginalizados de um Mercado de Peixe do cais do porto. Enquanto Paco é um ser tomado pelo sentimento de provocação e agressividade, Tonho tem em seu peito uma grande vontade de crescer na vida, fazer valer seus estudos. Mas, para conseguir o tão almejado emprego é necessário um par de sapatos novos que Paco possui, mas não quer emprestar. Paco tem o sonho de conseguir uma flauta nova para ganhar dinheiro como artista. É no âmbito das vontades dos dois personagens que surge o ápice da peça.

A peça “Manual de Barro - Sem palavras”, da Arte e Riso Cia de Animação vai ser apresentada, às 19h30, em São Gabriel do Oeste no dia 28, no Salão do CCTA, em Rio Verde de Mato Grosso no dia 29, na Escola Tomaz Barbosa Rangel e em Coxim no dia 30, no Auditório da UFMS.
A direção é de Marcos Moura e integram o elenco Fernanda Versolato, Lidiane Britss, Marcele Aroca, Marcos Moura, Rafael Valente, Ruano Filartiga. Sua classificação é 12 anos.
Sinopse: Um menino é encarregado de entregar ao velho poeta o Manual de Barro. Mas, para isso a criança enfrentará uma jornada com várias aventuras até chegar ao seu desafio de ficar frente a frente com o velho poeta. O espetáculo que tem a linguagem de teatro de animação versa sobre a primeira e a terceira idade e, talvez, sobre as outras, mergulhando no universo de um velho poeta, a peça narra suas peregrinações, pontuadas de ternura e emoção, percorrendo um universo surreal, um mundo mágico e lúdico, ao qual, objetos, bonecos gigantes, espectros de luzes interagem nesse mundo imagético. O roteiro foi inspirado no poema introdução a um caderno de apontamento de Manoel de Barros.

Mais informações no Núcleo de Teatro da FCMS, pelos telefones (67) 3316-9172 ou 3316-9173.